Um técnico de handebol e professor de natação em Cuité, está sendo investigado por assédio sexual e estupro de vulnerável contra pelo menos, 8 meninas, com idades entre 12 e 13 anos. De acordo com a mãe de uma das vítimas, o crime foi descoberto a partir de conversas em redes sociais. O professor que também é DJ, prestou depoimento na delegacia acompanhado de um advogado. Algumas vítimas ainda serão ouvidas e o caso segue em investigação.
E*, de apenas 12 anos, era aluna do professor da turma do handebol feminino. A menina estava sem celular, mas usava o aparelho da avó para logar uma conta “extra-oficial” no Instagram. “Ela tem uma conta, que é logada no meu celular e no celular do pai, então toda notificação que chega, nós recebemos. Mas essa outra conta, não tínhamos conhecimento”, conta a mãe. E* esqueceu de desativar a conta e um tio da menina teve acesso à uma mensagem de um outro professor, aconselhando que E* se afastasse do professor e DJ.
Foi a partir dessa conversa, que a mãe de E* procurou saber do que se tratava. Ela teve acesso a prints de conversas com o professor, que são carregadas de conteúdo adulto e obsceno.
Diante do material, E* contou à mãe que ele tentou um contato mais íntimo depois de um churrasco de ‘confraternização’ promovido pelo mesmo em novembro do ano passado.
“Ele organizou esse churrasco com todos os meninos e meninas do time de handebol, e buscou todos em casa. O local era um sítio, um pouco afastado da cidade, mas todos os pais confiavam muito nele. Porém, no dia dessa festa, a noite foi chegando e nós começamos a ficar preocupados. Tentamos falar com ele, mas o celular estava desligado. às 20h30 da noite, ele deixou minha filha na casa de uma amiga, que também estava na festa. E* foi para casa andando, pois nossa casa é próxima. Mas ele a seguiu e se ofereceu para deixá-la em casa, só que ele a levou para um outro lugar. Ela começou a chorar e a gritar. Só às 21h30 que o professor foi deixar minha filha em casa. Se desculpou pelo celular e disse que precisou voltar ao local da festa para pegar uns objetos que tinha esquecido. Eu fiquei muito irritada e proibi minha filha de voltar a fazer parte do time, ela não contestou. Nos dias seguintes, E* ficou muito calada, eu estranhei porque ela sempre foi muito comunicativa. Mas tudo fez sentido depois que eu vi as conversas e ela me contou tudo”
E* ainda confessou que não quis falar antes por medo das pessoas não acreditarem nela.
Diante do relato da menina, a família procurou a delegacia e fez um Boletim de Ocorrência. Foi quando descobriram que mais 8 vítimas, da mesma faixa etária de sua filha, também haviam denunciado o professor por assédio ainda em 2024.
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